Considerada o “Ex-Libris” da Beira Baixa, a Orquestra Típica Albicastrense foi fundada a 16 de Julho de 1956, pela insigne albicastrense e grande artista do acordeão, Eugénia Lima, conforme ata presente no respectivo Livro do Centro Artístico Albicastrense, Associação patrocinadora. Em 12 de Setembro do mesmo ano faz o primeiro ensaio, apresentando-se pela primeira vez em público, em 24 de Fevereiro de 1957.
Defender e divulgar o vasto e tão rico Folclore da Beira Baixa, foram os objectivos traçados nessa data e que têm sido cumpridos na íntegra. O seu repertório é constituído pela mais expressiva música Folclórica da Província da Beira Baixa, desde as modas de lazer, de folgar, de trabalho e romarias.
Os trajes dos seus instrumentistas são cópias fiéis do maioral de Castelo Branco, para os homens, e fatos domingueiros de Malpica do Tejo para as mulheres. Os fatos do coral (homens e mulheres) são igualmente cópia fiel, alguns mesmo originais dos que se usavam nas Freguesias de Malpica do Tejo, Louriçal, Alcains, Monsanto da Beira, Paul, zona serrana e do pinhal.
Teve como primeira Maestrina a sua fundadora, D. Eugénia Lima, coadjuvado pelo acordeonista José Bernardo. Com a saída de Eugénia Lima, foi regentes o Maestro Serafim Chamusca, já falecido, ao qual se ficou a dever, durante os quatro anos da sua estadia aqui, um labor incansável e profícuo de muitos e preciosos arranjos para melodias do nosso Folclore. Foi ainda com a sua direcção artística que a Orquestra Típica Albicastrense passou a dispor de um Coro masculino e feminino para apoio e complemento dos seus solistas. Este Coro é hoje composto por mais de 25 elementos, incluindo 10 solistas.
Com a saída do Maestro Serafim Chamusca, a direcção artística passou a estar a cargo do Professor Maestro Carlos Gama, cargo que ocupou durante 27 anos.
Presentemente e desde Agosto de 1991, a Orquestra Típica Albicastrense é dirigida pelo Maestro Carlos Salvado. Atualmente a Orquestra é composta por cerca de 55 elementos e congrega ainda uma Escola de Música, a qual tem sido de extrema importância na formação de novos músicos, e na continuidade deste grupo.
A dinâmica deste Organismo Cultural pode ser comprovada pelos milhares de espectáculos realizados desde o Minho ao Algarve, em França (Paris), assim como em Espanha, (Cória, Cáceres) e no grande Festival Internacional de Folclore dos Pirinéus na cidade de Jaca, onde entre representantes de cerca de 45 países e de cerca de 55 agrupamentos folclóricos, obteve uma das únicas quatro Menções Honrosas atribuídas.
Já participou em vários programas de Televisão e Rádio.
A atividade discográfica cifra-se nos 5 discos de “45 rotações”, 3 “Long Play” e quatro CDs, um dos quais dedicados exclusivamente a temas de Natal.
É possuidora da Medalha Dourada do Governo Civil do Distrito de Castelo Branco e da Medalha de Ouro da Câmara Municipal da Cidade de Castelo Branco.
No dia 1 de Outubro de 1986, Dia Mundial da Música, foi agraciada pelo Ministério da Cultura com a Medalha de Mérito Artístico.
Em 2007 recebe do Governo Civil de Castelo Branco o Diploma de Mérito Cultural e a 18 de Março de 2008 a Medalha de Ouro da Cidade de Mérito Cultural atribuída pela Câmara Municipal de Castelo Branco.
Em 2009 é-lhe atribuído pelo Governo Português o estatuto de Associação de Utilidade Pública.
Em julho de 2017 recebe da Junta de Freguesia de Castelo Branco a Medalha de Mérito da Freguesia, Grau Ouro.